sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Reino do Tudo ao Contrário





O Reino do Tudo ao Contrário   



          
"Era uma vez um rei que reuniu todos os seus sábios, a fim de discutir com eles a organização do reino que estava para crescer muito. Queria escrever uma constituição que regesse todos os cidadãos e fosse a Lei Magna. Queria igualmente códigos para o comércio, o trânsito e as construções. Pensou que seria importante que se estabelecesse uma lei para agricultura, outra para os preços, os negócios, para controlar a moeda, o dinheiro e os impostos. O rei desejava que seu reino fosse o mais organizado e assim não houvesse nenhum problema. Para tanto enviou seus sábios a correrem todos os reinos da terra para verificarem a organização dos outros países. A comitiva era enorme e cada um carregava nos lombos de seus animais grande quantidade de papéis para fazerem as anotações do que vissem pelo caminho e nos reinos que visitassem.

Um dos sábios chamado Bartimeu, foi designado para o oriente. Lá chegando, encontrou um rei idoso e muito bondoso que lhe falou a respeito de um reino perfeito. Ele contou que quando era jovem, juntamente com dois outros reis, seguira uma estrela que os levara até uma manjedoura. Ali encontraram, conforme a profecia bíblica, uma criança recém nascida que trazia no seu semblante a glória de Deus.
Contou também que trinta anos se passaram, desde então, e que agora o menino havia se tornado homem e ensinava sobre o tal reino. Assim, o velho rei insistiu para que o sábio fosse para a terra de Israel e procurasse aprender de Jesus – era assim que Ele era conhecido – as tais leis do reino perfeito.
Imediatamente, o sábio partiu para Israel. Quando finalmente chegou lá, pode maravilhado claramente confirmar tudo o que ouviu a seu respeito.
Chegou o dia de voltar para o seu reino. Quando todos os sábios haviam voltado, o rei promulgou uma grande assembléia, para que fossem discutidos os relatórios que cada um deles trouxera. Um por um, começaram abrir seus livros com infindáveis anotações. Eram leis e mais leis. Cada reino visitado tinha uma infinidade de leis tão grandes que acabavam sendo usadas para regular e aplicar essas próprias leis.
Quando chegou a vez do sábio Bartimeu, sua primeira frase despertou em todos uma grande gargalhada, pois ele disse que trazia as leis de um reino perfeito e que o chamava de "reino do tudo ao contrário". "O reino do qual estou falando", disse Bartimeu na assembléia, "embora pareça estranho à primeira vista, é na verdade perfeito, sem qualquer defeito. Nos reinos que meus irmãos sábios diligentemente procuraram encontraram muitas leis, mas depararam com injustiça, pobreza, tristeza e toda a sorte de miséria. No reino do tudo ao contrário não há nada disso", disse. 
O rei muito curioso pediu que Bartimeu se explicasse sem mais delongas. E assim o sábio passou a explicar que as leis daquele reino eram diferentes das dos homens.
►Quanto à constituição, dizia: "Aquele que é o maior, que sirva ao meno";
►Quanto à lei das finanças dizia: "É dando que se recebe", e esta lei devia ser aplicada em todas as relações econômicas, inclusive na agricultura.
►Quanto ao pagamento de impostos, dizia: "Daí a César o que é de César, e daí a Deus o que é de Deus".
►Quanto a lei social: "o menor é o maior, o último é o primeiro, o fraco é que é forte, e todo aquele que se humilha a si mesmo será exaltado; não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;  e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.  Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.  Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes. Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem".
►Finalmente com relação ao trânsito, construção e demais relações humanas, dizia: "Fazei aos homens tudo o que quereis que eles vos façam".
Todos os sábios, inclusive o próprio rei, acharam essas palavras maravilhosas, mas infelizmente não tiveram fé para pô-las em prática. Assim, de cada país copiaram e adaptaram muitas leis. Fizeram outras e até hoje estão fazendo ainda mais. Porém, o reino continua com os mesmos problemas que sempre teve, e outros se agravaram.    
Ora, é tão impossível que algum dia um reino desse mundo adote as leis do Reino de Deus, que o único lugar em que ele pode existir é dentro de cada um de nós, quando nos é revelado pelo Espírito Santo. Nesse instante assume-se uma nova cidadania e encontra-se a paz e a alegria que os homens e suas leis não tem." (AD)



O autor dessa ilustração é desconhecido, mas ele teve o entendimento de como a visão humana é contrária a visão de Deus. O homem vê e espera no mundo, porém a força que o mundo oferece é fraqueza; a abundância que parece existir no mundo não passa de escassez. As leis do mundo só trazem injustiça, pobreza, tristeza e miséria. Conseguir tudo do mundo é nada para os que não tem Jesus no coração. 
Se queremos ser fortes, devemos ser fracos. Se queremos ser os maiores, devemos ser os menores. Se queremos estar na frente, devemos nos colocar atrás. É Cristo quem nos exalta e quem nos garante a vitória e não os nossos esforços. 
É importante entender que quando afirmamos que o reino desse mundo não adotará as leis do Reino de Deus, é porque falta a direção de Deus nas decisões humanas. Por isso estar no reino de Deus é uma escolha individual através da revelação do Espírito Santo.    


A Bíblia é o  testamento, a constituição do reino cristão (2Timóteo 3.16). As leis mencionadas no reino do tudo ao contrário são encontradas nas seguintes passagens da palavra de Deus: 
Lucas 22.25-26; 6.27-38; 20.25; 9.48; 14.11 Marcos 9.35; 10.44; 2Coríntios 12.10; Mateus 7.12; Romanos 12.21. 

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