domingo, 31 de agosto de 2014

Debaixo de Suas Asas


             


Debaixo de Suas Asas



Você já foi cercado por tantos problemas, que sente que não há um lugar para ir?

Salmo 91: 4 diz: "Ele te cobrirá com as suas penas, debaixo das suas asas encontras refúgio; sua verdade será o teu escudo e broquel. "

Deus descreve a si mesmo como um pássaro poderoso e belo arqueando sua asa protetora sobre nós para o nosso refúgio. É um conforto, porque quando as contas se acumulam; quando os medicamentos perdem o efeito; quando tudo parece perdido, podemos sempre encontrar refúgio naquele que é fiel.
Há um belo hino que descreve essa proteção: 

"Sob suas asas eu estou permanecendo com segurança, 
Embora a noite se aprofunda e tempestades são selvagens; 
Ainda posso confiar nele, eu sei que ele vai me manter, 
Ele me redimiu e eu sou seu filho. 
Sob suas asas, sob suas asas, quem pode me separar de Seu amor? 
Sob suas asas a minha alma com segurança permanecerá para sempre."

As vezes as dificuldades são como prisões. Eu sei porque eu me sinto assim quando estou deitada na cama; como uma tetraplégica, não posso me mover, não posso levantar a cabeça do travesseiro ou sentar-me. É como se alguém estivesse prendendo meu pescoço, braços e pernas na cama. E, às vezes, é tão sufocante que eu mal posso respirar. Poderia ser um sentimento tão assustador. Mas quando os confinamentos da minha quadriplegia fecham-se sobre mim - eu gosto de cantar. Eu encho meus pulmões de ar e canto um hino de louvor. E o sopro de Deus enche-me com uma nova vida; canções de adoração afastam a nuvem e eu já não me sinto confinada.
Muitos anos atrás eu li um poema que descreve perfeitamente como Deus usa os seus cânticos de louvor para quebrar coisas que nos limitam. É um poema escrito por Mme. Guyon; ela era uma nobre francesa que foi jogada na prisão com acusações forjadas por funcionários da igreja. Ela ficou naquela masmorra por dez anos; mas ela escreveu alguns dos mais belos poemas durante seu confinamento. Mme. Guyon escreveu:

Um passarinho que eu sou,

"Sou um passarinho, sem campos, sem ar
Na minha gaiola sento-me a cantar
Para Quem aqui me aprisionou.
Bem satisfeito prisioneiro sou
E assim, meu Deus, quero Te agradar.


Aqui, nada tendo para realizar,
Todo o longo dia só posso cantar.
As minhas asas Ele amarrou,
Mas o meu canto muito O agradou,
Ainda Se curva pra me escutar.

Tu tens paciência para me escutar,
E um coração pronto para a mim amar.
Gostas de ouvir meu rude louvor
Pois sabes que o amor, quão doce amor!
Inspira todo esse meu cantar.

Preso na gaiola não posso sair,
Mas minha prisão não pode me impedir
A liberdade do coração
Que sempre voa em Tua direção,
Minh'alma livre, a Ti vai se unir.


Oh! Que gozo imenso poder me elevar
Para as alturas a Ti contemplar.
Tua vontade e desígnio amar
Minha alegria neles encontrar,
Livre, em Teus braços me aconchegar".


Eu me identifico com Mme. Guyon; seus ferrolhos e trancas foram a prisão, mas os meus ferrolhos e trancas são a minha cadeira de rodas. E como ela, eu encontrei a melhor maneira de afugentar os sentimentos de confinamento que é cantar para Deus. 
Se você se sente confinado pelas suas circunstâncias de vida, lembre-se, não só deste poema que eu compartilhei, mas lembre-se o salmo 32, versículo 7, " Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento." 
E você sabe, ele faz exatamente isso!

Baseado em texto de Joni Eareckson.

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