terça-feira, 30 de setembro de 2014

Seu Voto Não Vale Nada





    Seu voto não vale nada


Sabe aquela sensação de que o voto é para o menos pior e não para o melhor? Isso acontece porque os políticos são um reflexo daquilo que nós somos…

Notícias – 29 de setembro de 2014
Por: Claudia Giron Munck é Bacharel em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, especializada em Mídias Digitais.

Sabe aquela sensação de que estamos escolhendo o “menos pior” e não o “melhor”, porque não há opção? Votar não vai mudar nada.
Isso acontece porque os políticos são um reflexo daquilo que nós somos. Não, não é porque você votou no que ele representa. É porque reclamamos dos políticos, da corrupção, mas fazemos as mesmas coisas que eles no dia-a-dia.
Nós compramos a carteira de motorista. Mentimos ao telefone e no Imposto de Renda, compramos produtos falsos, utilizamos peças similares ou itens que podem ter sido roubados, mas são mais baratos. Subornamos o guarda de trânsito. Dizemos que vamos ligar e não ligamos. Nosso sim pode significar um não ou um talvez, tanto faz. Jogamos lixo e bituca de cigarro na rua, varremos as folhas e deixamos um restinho no vizinho. A água está acabando, achamos que a culpa é só do governador (não que também não seja) e discutimos isso lavando o carro.
Se nós, população, tivéssemos um cargo público e continuássemos com o mesmo caráter e o mesmo comportamento que temos diariamente, seríamos exatamente igual a eles. A única diferença é que o que eles fazem assume uma proporção maior, embora não mais nem menos incorreta.
O rapaz que finge estar dormindo e não dá lugar a um idoso no trem é equivalente ao político que desvia o dinheiro de fundo de pensão ou de hospitais. A senhora que usa uma bolsa maior para levar salgadinhos de um casamento não é diferente de um político que desvia carne da merenda escolar. Mudam-se as dimensões, mas a motivação do comportamento é a mesma.
Não temos valores, não temos tempo para ensinar valores aos nossos filhos – eles só conhecem a galinha pintadinha – e esperamos que alguém, algum dia, num passe de mágica, seja correto e faça algo por nós. Mas a sociedade é aquilo que nós somos.
Quem não é fiel no pouco, também não é fiel no muito. Então, pare de achar que o voto é que vai fazer a diferença. Ou que simplesmente sair na rua com uma plaquinha com frase de efeito mudará o país. O país vai mudar, quando você mudar – no pouco e no muito.
Quando nós entendermos que precisamos participar das atividades de nossos filhos na escola. Que os professores precisam de salários mais altos, mas também precisam do respeito na sala de aula. Quando passearmos com o cachorro na rua e recolhermos o cocô. Quando nosso sim, significar sim e nosso não, significar não.
Aí sim, o país será diferente, não por causa de um político, mas por uma população que resolveu fazer a diferença, desde as pequenas coisas.
Seja no cotidiano a mudança que você quer para o seu país.

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